26/05/2012

LISSABON | Discurso Direto



Hoje recebemos no Portugal Rebelde os Lissabon. Formados em meados de 2010, a banda é constituída por Pedro Lourenço e Inês Vicente (dos extintos You Should Go Ahead), Soraia Simão e Garcês (ex Slimmy). Para esta nova etapa na carreira dos músicos, a banda propõe um indie rock muito bem composto e estruturado, utilizando a versão convencional de voz, guitarra, baixo, bateria e teclados. “If it’s only just a dream…” é o motivo para a conversa com Pedro Lourenço.

Portugal Rebelde - Depois da edição de um EP em 2011, muito bem recebido pela crítica, “If Its Only Just Dream” marca o início de uma nova fase criativa para os Lissabon?

Pedro Lourenço - Se por um lado o álbum novo é uma continuidade do EP, a edição do EP permitiu-nos um novo folgo e olhar para o trabalho que tínhamos feito com alguma distancia e corrigir a trajectória... Há temas do EP que transitaram para o disco porque fazia sentido que assim fosse. Marcam uma fase inicial da banda, que foi muito importante para o que somos hoje. e que muita gente só agora terá oportunidade de conhecer.

PR - Para esta nova “etapa” propõe-nos um indie rock muito bem composto e estruturado, utilizando a versão convencional de voz, guitarra, baixo, bateria e teclados. Era este o disco que um dia “sonharam” gravar?

PL - Foi este o disco que nos propusemos a gravar, no dia em que começamos a ensaiar todos juntos. É a sonoridade intrínseca ao conjunto... Se um de nós mudasse, provavelmente a sonoridade mudaria. Quase todos nós já tínhamos outras experiências na música, ainda assim o uso e abuso dos pianos e sintetizadores são uma das principais características de que não abdicamos. Tínhamos em mente fazer um disco que conseguíssemos reproduzir em concerto sem cair na tendência de usar programações. Isso de facto foi importante para nós e conseguimos fazê-lo. Se o disco poderia ser diferente? Sim podia, mas não era a mesma coisa.

PR - “Wake Up”,  foi o  single de apresentação  de “If Its Only Just a Dream”. É este o tema que melhor define a sonoridade deste novo trabalho?

PL - Sinceramente não.... O álbum é variado, é um pouco cíclico. Temos momentos alegres, momentos tristes, momentos calmos, momentos mais dançáveis, etc... A escolha de um single é sempre complicada e muitas vezes temos de solicitar opiniões externas para tomar estas decisões. O "wake up" foi dos últimos temas a serem compostos e por isso tornava-o mais apetecível para nós. Havia mais proposta para debate, que serão os próximos singles, provavelmente!

PR - Já tiveram a oportunidade de apresentar em concerto as canções deste disco. Qual tem sido o “feedback” do público?

PL - Tocámos ao vivo todas as canções do disco no passado dia 22 de Maio...Como é um álbum de certa forma heterogéneo, as reacções são diferentes... Numas músicas a pessoas abanam-se mais, noutras ficam mais espantadas com a performance, noutras viajam na maionese (risos). A verdade é que no fim dos concertos as pessoas fazem questão de falar connosco, para elogiar, perceber, criticar, mas no geral isso é muito bom!

PR - Numa frase apenas como caracterizarias este”If Its Only Just a Dream”?

PL - É um álbum "sentido"! ...vem das nossas entranhas... é a nossa essência! É o nosso disco. É um marco físico que nos caracterizará como artistas para o resto das nossas vidas. Quando assinas uma obra não tens como fugir. Sentimos que foi o melhor que conseguimos fazer e isso dá-nos prazer e uma alegria imensa em ir para a estrada defendê-lo.

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