01/02/2013

O MARTIM | Discurso Direto


Tragam os tapetes vermelhos e lancem os "confetti" disponíveis à mão, pois vai dar entrada em cena a nova Coqueluche Pop Portuguesa. "O Martim" nasce como confessionário-pop de Martim Torres, um jovem (contra)baixista com cartas dadas em paragens como as de B Fachada, Homens da Luta,e diversos projectos de Jazz. Muitos o conhecerão também como uma das metades da infame dupla "Maria Amélia", presença habitual no programa 5 Para a Meia Noite. "O Martim" depara-se agora com um novo desafio. "Em Banho Maria", é este o seu disco de estreia, "Pop de rua com um cheirinho a Rock, e um vodka de limão. O disco chega às lojas no próximo dia 4 de Fevereiro!

Portugal Rebelde - Depois de teres colaborado com B Fachada, Homens da Luta, e diversos projetos de Jazz, este “Em Banho Maria”, é a tua grande prova de fogo?

Martim Torres - Eu sempre quis fazer música minha, antes de mais nada eu sou baixista e o que acontece é que eu não sabia bem em que moldes eu iria construir o meu projecto a solo. Vim parar ao pop, pois acho que este é a soma de todos os estilos musicais. Vai beber um bocado a todos os sítios. E “O Martim” acaba por ser isso mesmo a soma de tudo aquilo por onde passei.

PR - De que é que nos falam as canções deste primeiro disco?

MT - A temática do disco é a derrota e o desamor, mas aqui e ali vou desviando o tema para o Cais do Sodré ou para o meu carro. Que tem um granda estilo.

PR - “Banho Maria” foi a canção escolhida para apresentação deste disco. Este é o tema que melhor define o “espírito” do disco?

MT - Penso que sim, define bem o mote da coisa. Esta é uma canção que brinca com o duplo sentido da expressão em banho maria. Por um lado refere-se ao facto de eu ainda me estar a descobrir, e por outro a esta imagem utópica de uma Maria. Maria essa que é a representação de algo que não se consegue ter completamente, e que acabou por ser a “imagem” do disco. Brincar com o facto de estarmos numa casa de banho, que eu acho que é um sítio mágico. Cheguei a conclusão no outro dia (vejam lá se não concordam) que a casa de banho é um sítio de onde saimos sempre melhor do que quando entrámos... sempre! Pensem nisso.

PR - Este teu primeiro disco conta com a participação de David Pires (Os Pontos Negros). Queres falar-nos um pouco deste encontro?

MT - Ao longo das gravações do disco, cheguei a conclusão que procurava uma sonoridade mais orgânica. Eu gosto imenso dos sons das caixas de ritmos antigas, e ando sempre maluco a procura dessas drum machines. Mas queria que o disco tivesse também baterias acústicas. Conheci o David na escola superior de música, onde ambos estudamos, e convidei-o para gravar umas baterias. Ele acabou por fazer muito mais do que isso, ajudou com os arranjos das canções e acabou por ficar o baterista oficial da banda. O David era uma escolha óbvia pois tinha a combinação perfeita entre o mundo do jazz, com gande capacidade de improvisação e criatividade e o toque “pesado” do mundo rockeiro de onde ele vinha.

PR - “Tu não és o B Fachada”, é uma das canções que podemos encontrar neste disco. Este tema é o “ espelho” de uma amizade e admiração que nutres por B Fachada?

MT - Sim. Este é o meu tema-tributo ao Bernardo. Continua a ser uma das minhas maiores referências enquanto músico e compositor, e teve um papel fundamental neste primeiro disco. Ainda vou chatea-lo para produzir o próximo disco “O Martim”! Vamos lá ver se o convenço...

PR - No próximo dia 8 de Fevereiro, o álbum “Em Banho Maria” será apresentado ao vivo no Ritz Clube, em Lisboa. Que “surpresas” estão reservadas para este concerto?

MT - Este é um concerto muito especial. É o concerto de lançamento, mas é também o concerto em que vamos apresentar a nova formação da banda ao mundo. “O Martim” começou por ser um trio, mas passa a ser um octeto que agora é composto por uma banda de 5 elementos, mais uma seccção de sopros fortíssima. E ainda vamos contar com vários convidados surpresa.Neste concerto vamos tocar as músicas do disco, mas também vamos buscar umas ao baú e revelar ainda alguns dos temas que farão parte do segundo disco. A primeira parte do concerto fica entregue aos Harry Hates Hats, que são uma banda de culto lisboeta, e que fazem nesta dia o seu comeback triunfante. Tenho a certeza, que para quem não conhece, vai ser amor a primeira ouvida. E mais! Um bilhete para o concerto tem a oferta de um disco “Em banho Maria”. Acho que melhor era difícil...

PR - Para terminar, numa frase apenas como caracterizarias este disco de estreia?

MT - Pop de rua com um cheirinho a Rock, e um vodka de limão.

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